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SONHO E MÁGICA!!! Venha incauto aventureiro... feche os olhos... adormeça... CONTEMPLE através do sonho os segredos de Amalgamos.

terça-feira, 15 de abril de 2025

[Equipamento] Armaduras


CONTEMPLEM!!! AS ARMADURAS!!!
Bandas - Malha - Talas
Escamas - Fibra - Placa

Nenhum guerreiro enfrenta o campo de batalha sem pensar antes em sua proteção. Desde os couros rústicos dos povos nômades até as reluzentes couraças dos cavaleiros encantados, as armaduras são a última barreira entre a vida e a morte. Escolher a armadura certa pode não apenas salvar sua vida, mas também definir seu estilo de combate, sua postura diante dos aliados e o temor que inspira nos inimigos. Vista-se bem. A guerra não perdoa os despreparados.

Tecido Sobreposto - Corselete de Couro - Gibão de Peles

Armaduras de Fibra
As armaduras de fibra representam o nível mais básico e acessível de proteção pessoal, empregando camadas compactadas de materiais como linho, couro tratado e peles espessas. São leves, silenciosas e permitem boa mobilidade, sendo ideais para viajantes, caçadores, batedores e soldados de baixa patente. Embora não ofereçam a robustez de metais ou escamas, essas armaduras compensam flexibilidade e custo reduzido. Seu uso é comum entre civis, milicianos e personagens que priorizam discrição ou agilidade sobre resistência.

  • Tecido Sobreposto
    O tecido sobreposto é uma armadura simples, composta por várias camadas de algodão cru ou linho grosso costuradas entre si para formar uma proteção acolchoada. De confecção barata e ampla distribuição, é comum entre camponeses, milícias locais e soldados em treinamento. Também é utilizada por nobres durante caçadas ou em contextos onde o uso de armaduras mais pesadas seria excessivo.
    Apesar de sua modesta capacidade defensiva, oferece conforto e facilidade de movimento. Entretanto, seu uso prolongado — especialmente em campanhas e acampamentos — favorece a proliferação de piolhos, pulgas e outros parasitas, o que levou muitos soldados a associá-la ao fardo da vida militar.
    Pulgas: -2 em Fibra contra doenças.
  • Corselete de Couro
    Feito a partir de couro curtido, moldado e costurado para proteger o torso, o corselete de couro é uma armadura leve e silenciosa, popular entre aqueles que dependem tanto da mobilidade quanto da discrição. Pode ser envernizado para aumentar sua durabilidade ou reforçado com placas finas de madeira, osso ou mesmo metal, sem comprometer sua leveza. Essas adaptações variam conforme a cultura ou o poder aquisitivo do portador. O couro, apesar de resistente, exige cuidados constantes: resseca com facilidade, é vulnerável à umidade e pode tornar-se rígido ou quebradiço se negligenciado.
    Em ambientes urbanos, é frequente entre mercenários e aventureiros de ofício irregular. Seu uso é comum entre arqueiros, batedores e ladinos — personagens que evitam combates diretos, mas não dispensam alguma proteção.
    Desgaste:  necessita reparos no valor de 1/3 do valor original ao fim de cada sandbox.
    Oculta: pode ser disfarçada com facilidade com um manto.
  • Gibão de Peles
    Feito com peles costuradas umas sobre as outras, geralmente de lobos, cabras ou cervos, o gibão de peles é uma armadura simples e rústica, cuja principal virtude está em sua disponibilidade e conforto térmico. Seu uso é comum entre povos que vivem em regiões frias ou florestadas, onde o couro curtido ou os metais são escassos. O gibão de peles é uma vestimenta protetora feita a partir da justaposição de peles espessas, costuradas em camadas sobrepostas para criar uma barreira densa e acolchoada. Apesar de sua aparência rústica, o gibão oferece boa proteção contra impactos e golpes cortantes leves. Seu volume também contribui para absorver parte da força dos impactos mais pesados.
    O gibão de peles serve também como uma vestimenta térmica, sendo ideal para regiões frias, florestas úmidas ou vales gelados onde o combate muitas vezes se entrelaça com a sobrevivência. A capacidade de reter calor, junto à robustez das peles utilizadas, torna esse gibão indispensável para comunidades montanhesas, caçadores, milicianos rústicos e mesmo tropas auxiliares de regiões inóspitas. Seu uso em exércitos é raro, mas não inédito — milícias montanhesas e guardas de regiões ermas por vezes recorrem a ela pela facilidade de produção e conforto. A armadura é também utilizada como vestimenta cerimonial ou símbolo de status em algumas culturas. 
    Contudo, essa armadura tem suas desvantagens. A falta de um tratamento adequado das peles pode transformá-la num abrigo não apenas para seu usuário, mas também para piolhos, pulgas e outros parasitas, um problema comum em guarnições rurais ou entre soldados que percorrem longas jornadas sem acesso a banhos regulares.
    Pulgas: -2 em Fibra contra doenças.
    Térmica: substitui equipamentos térmicos, evitando penalidades de clima severo.

Lorica Segmentada - Couraça de Bandas

Armaduras de Bandas
As armaduras de bandas são construídas com tiras ou placas metálicas organizadas em camadas, geralmente sobre uma base de couro ou tecido espesso. Essas tiras — ou bandas — são moldadas e articuladas para oferecer ao guerreiro uma combinação sólida entre proteção eficaz e mobilidade aceitável. O design segmentado dessas armaduras permite um encaixe firme ao corpo, tornando-as ideais para tropas disciplinadas que valorizam o movimento coordenado e a resistência no campo de batalha. São particularmente populares entre soldados profissionais, guardas de elite e cavaleiros que não possuem os recursos ou a linhagem necessária para arcar com uma armadura de placas completa. Resistentes ao impacto e eficazes contra cortes, essas armaduras exigem conhecimento técnico em sua forja e ajuste, o que as torna menos comuns entre milícias e aventureiros errantes.
  • Lorica Segmentada
    A lorica segmentada é uma armadura torácica formada por uma série de placas metálicas horizontais, ou bandas, que envolvem o tronco superior. Essas bandas são sobrepostas e fixadas por tiras de couro e rebites, permitindo que a armadura se adapte de forma articulada ao corpo do usuário. Seu design combina flexibilidade e resistência, oferecendo uma defesa sólida contra cortes e golpes diretos, ao mesmo tempo que permite boa mobilidade no tronco e nos ombros.
    Embora extremamente eficiente, essa armadura exige um alto nível de precisão na fabricação e manutenção, com encaixes detalhados e pontos móveis que, se não cuidados, comprometem sua integridade. Por esse motivo, acabou sendo gradualmente substituída por armaduras mais simples e de produção mais acessível, mesmo em sociedades com tradições militares consolidadas. Hoje, sua presença é rara e geralmente associada a modelos velhos, colecionadores e estudiosos, o que faz com que a lorica seja considerada uma armadura exótica nos campos de batalha contemporâneos.
    Seu uso é incomum e normalmente restrito a oficiais de tradições militares antigas ou guerreiros saudosista de linhagens relacionadas a armadura. Apesar da sua proteção efetiva e aparência imponente, o custo de obtenção e a manutenção constante a tornam pouco prática para a maioria dos combatentes modernos. Ainda assim, quando bem conservada e usada com conhecimento, a lorica segmentada rivaliza com qualquer armadura média disponível.
    Desgaste: necessita reparos no valor de 1/3 do valor original ao fim de cada sandbox.
    Exótica: necessita de talento para ser utilizada.
  • Couraça de Bandas
    A couraça de bandas é uma armadura composta por longas placas de metal dispostas horizontalmente sobre uma base de couro grosso ou lona reforçada. Essas placas são geralmente curvas, seguindo o formato do tronco, e são presas de forma a se sobrepor ligeiramente, criando uma barreira firme e articulada contra golpes cortantes e perfurantes. A montagem das bandas pode variar conforme o artesão ou o patrono da armadura, resultando em versões assimétricas, com reforços adicionais nos ombros e cintura. Embora ofereça excelente proteção ao torso, a couraça de bandas raramente cobre os membros, sendo combinada com grevas e braçadeiras de diferentes estilos. Robusta e imponente, a couraça de bandas oferece excelente defesa ao tronco e é especialmente eficaz contra ataques frontais com lâminas e estocadas. Sua estrutura segmentada permite alguma mobilidade, embora seu peso e rigidez imponham uma penalidade notável à agilidade. Ainda assim, sua aparência imponente e sua durabilidade a tornam uma escolha respeitada entre combatentes de elite fora do círculo da nobreza tradicional.
    A couraça de bandas é comumente encontrada sobre os ombros de chefes de guarda, capitães de milícia, patrulheiros veteranos, líderes de caravanas armadas e mercenários experientes que puderam investir em proteção de qualidade. Seu uso padronizado no exército é raro, mas ela é adotada pela cavalaria alada, que a toma como símbolo de status, honra e tradição. Sua produção personalizada exige um grau considerável de prestígio, influência ou recursos financeiros, tornando-a rara entre soldados rasos ou aventureiros iniciantes.
    Destaque: Oponentes inteligentes te reconhecem como líder ou elite.
    Imponente: +1d6 em Guerra com militares menos experientes (custa 1 PE).

Brunea - Catafracta

Armadura de Escamas
As armaduras de escamas são confeccionadas com pequenas placas metálicas ou rígidas, cortadas em formatos semelhantes a escamas de peixe ou réptil, e sobrepostas de maneira ordenada sobre uma base flexível de tecido ou couro. Essas escamas são presas por fios, costuras ou rebites, formando um revestimento denso e articulado que cobre áreas vitais do corpo com surpreendente eficácia. O resultado é uma armadura que proporciona boa resistência a cortes e certa proteção contra impactos, mantendo ainda alguma flexibilidade nos movimentos. Essa tecnologia armorial é amplamente usada devido à facilidade relativa de fabricação e à robustez no campo de batalha. As armaduras de escamas se tornaram um símbolo de versatilidade e prestígio funcional, presentes em diversas culturas e regiões do mundo conhecido.
  • Brunea
    A brunea é composta por múltiplas escamas metálicas ou de material rígido, costuradas sobre uma base de couro ou tecido reforçado, formando um manto flexível que protege o torso, ombros e parte superior das coxas. As escamas são posicionadas em sobreposição vertical e horizontal, como as de um peixe, conferindo à armadura uma aparência viva e orgânica. Essa estrutura garante boa proteção contra golpes cortantes e razoável resistência a impactos, sem comprometer demais a mobilidade do usuário. Equilibrada em termos de proteção, conforto e mobilidade, a brunea é frequentemente escolhida por aqueles que precisam manter uma presença marcante sem sacrificar sua liberdade de ação. Embora não ofereça a solidez de uma armadura de placas, ela supera muitas opções leves em robustez. Sua adaptabilidade também a torna fácil de ajustar e consertar em campo, o que a torna particularmente valiosa para tropas móveis ou senhores de pequena fortuna.
    Adotada por mercenários independentes, cavaleiros dos ermos, tropas expedicionárias e hordas de bandoleiros, a brunea é associada à mobilidade e à autonomia. Sua construção flexível permite longas jornadas sem comprometer a defesa, e sua reputação entre viajantes e nômades fez surgir a crença de que ela se adapta melhor à guerreiros livres. Entre os elfos, ela é conhecida como a “armadura de peixes”, tanto pelo seu formato quanto pela leveza e fluidez dos movimentos que permite, evocando as qualidades da água e da natureza. É comum que artesãos élficos aprimorem sua construção com ligas leves e padrões elegantes, tornando-a uma peça tão bela quanto funcional.
    Errante: -1 de Sobrecarga quando usuário é caótico.
  • Catafracta
    A catafracta é uma armadura imponente composta por escamas metálicas interligadas que cobrem o corpo do guerreiro e muitas vezes também o de sua montaria, criando uma silhueta contínua de placas sobrepostas e cintilantes. Cada escama é afiada ou polida de maneira a refletir luz de forma ameaçadora, e seu formato tende a realçar a estatura do usuário, conferindo-lhe um aspecto quase monstruoso e sobrenatural no campo de batalha. O conjunto completo é reforçado por um capuz anelado ou elmo mascarado, com visores angulosos, cristas ou adornos de aparência animalesca. Protegendo quase todas as áreas do corpo com uma redundância de camadas, a catafracta é extremamente resistente a golpes cortantes e oferece considerável defesa contra perfurações e esmagamentos. Sua desvantagem, contudo, está no peso e na ventilação: o guerreiro deve possuir não apenas força e resistência, mas também treinamento e espírito férreo para suportar seu uso prolongado.
    A presença de um guerreiro em catafracta é intimidante por si só, e seu avanço ruidoso sobre o solo ressoa como um trovão metálico que antecede a destruição. Muitas culturas associam essa armadura a guerreiros de elite, campeões dos ermos ou cavaleiros de domínios orientais, capazes de virar o rumo de uma batalha com sua presença. Tropas mal treinadas ou espiritualmente abaladas muitas vezes fogem diante de uma carga de catafractários, antes mesmo do primeiro embate.
    Errante: -1 de Sobrecarga quando usuário é caótico. 
    Exaustiva: -2 em Fibra contra cansaço.
    Intimidadora: habilidade Causar Medo quando usuário é caótico (custa 1 PE).

Cota de Malha - Malha Completa

Armadura de Malha
Tecidas anel por anel, como se fossem verdadeiros panos de ferro, as armaduras de malha representam um dos maiores triunfos da metalurgia tradicional. São compostas por centenas ou milhares de pequenos elos metálicos interligados, formando uma malha flexível que se molda ao corpo como um tecido espesso, resistente e maleável. No mundo conhecido, as armaduras de malha são onipresentes nos campos de batalha, sendo comuns tanto entre soldados regulares quanto entre guardas urbanos, patrulheiros e aventureiros. Sua fama de confiabilidade, facilidade de manutenção e durabilidade a tornaram a escolha preferida dos soldados livres e mercenários, sobretudo quando combinadas com escudos ou proteções adicionais. Entre os povos anões, porém, a malha ganha outra dimensão. Vista não apenas como armadura, mas como herança, é tratada com devoção quase artesanal. Os anões preferem esse tipo de proteção por sua resistência prolongada, liberdade de movimento e nobreza estética, produzindo peças que beiram o trabalho de joalheria — maleáveis como água, resistentes como pedra. 
  • Cota de Malha
    A cota de malha é uma armadura formada por uma camisa de elos metálicos entrelaçados, normalmente estendendo-se dos ombros até as coxas e cobrindo parcialmente os braços. Seus anéis são pequenos e justos, unidos com precisão para formar um tecido metálico capaz de absorver e dispersar a força de golpes cortantes, mantendo-se surpreendentemente flexível. Essa armadura costuma ser vestida por cima de um acolchoamento espesso — geralmente um gibão ou túnica de linho — que amortece impactos e evita que os elos provoquem escoriações na pele. Em muitos casos, o guerreiro reforça a proteção com proteções de couro nas canelas e antebraços, e um elmo simples para proteger a cabeça.
    A cota de malha é uma das armaduras mais populares e acessíveis em regiões militarizadas ou civilizadas. Soldados profissionais, membros de milícias, patrulheiros de fronteira e guardas urbanos a utilizam com frequência, especialmente aqueles que desejam equilíbrio entre defesa e mobilidade. É também comum entre aventureiros iniciados e mercenários em ascensão, que a preferem por sua durabilidade e relativa facilidade de manutenção. Nas fortalezas subterrâneas dos anões, é o equipamento padrão das guarnições dos clãs, símbolo de orgulho e honra.
    Tradicional: +2 de Presença contra personagens ordeiros; -2 de Manha contra personagens caóticos; quando usuário é ordeiro.
  • Malha Completa
    A malha completa representa o auge da proteção oferecida por armaduras compostas inteiramente por elos metálicos entrelaçados. Ao contrário da cota de malha, que cobre apenas o tronco e os braços, a malha completa envolve todo o corpo do guerreiro: torso, braços, pernas e cabeça, geralmente por meio de um capuz de malha (coifa) integrado ou separado. O guerreiro veste essa armadura como uma segunda pele de ferro, por cima de um gambeson espesso que serve de proteção adicional. Além disso, por vezes, a malha completa acaba como complemento interno de outra armadura mais pesada. Seu uso exige força e preparo físico considerável, pois o peso uniforme é constante e a flexibilidade dos elos não significa liberdade plena. Embora seja mais flexível que placas sólidas, ainda impõe restrições aos movimentos, especialmente nas articulações e no uso prolongado em marchas ou combates intensos.
    Guerreiros veteranos, guardas de elite, capitães de tropas, baixos fidalgos e especialmente os anões, famosos por sua mestria em metalurgia e forja, são usuários comuns dessa armadura. Nos campos de batalha ela é considerada sinal de poderio pessoal e valor marcial.
    Tradicional: +2 de Presença contra personagens ordeiros; -2 de Manha contra personagens caóticos; quando usuário é ordeiro.

Peitoral de Aço - Armadura de Batalha - Armadura Gótica

Armaduras de Placas
As armaduras de placas representam o ápice da proteção pessoal entre as armaduras metálicas, compostas por grandes placas de aço moldadas para se ajustarem à anatomia do corpo. Peitorais, espaldeiras, grevas, manoplas e coxotes são forjados para encaixar uns aos outros com mínima exposição entre as junções. Essa configuração oferece proteção quase total contra golpes cortantes, perfurantes e contundentes, desde que a armadura esteja completa e bem ajustada ao usuário. Devido à complexidade de sua construção, as armaduras de placas exigem artesãos altamente especializados, vastos recursos e longas horas de trabalho, o que as torna inacessíveis para a maioria dos combatentes. Elas são geralmente reservadas a nobres, cavaleiros consagradas, campeões de torneios e paladinos de  prestígio. Seu uso representa não apenas capacidade marcial, mas também posição social.
  • Peitoral de Aço
    O peitoral de aço é composto por uma ou mais placas metálicas moldadas ao torso, normalmente articuladas por dobradiças ou tiras de couro, formando uma peça que protege o peito e as costas com eficiência. Trata-se de uma armadura prática e direta, projetada para resistir a golpes concentrados na região central do corpo, sem comprometer demasiadamente a mobilidade do guerreiro. Nas versões mais refinadas, há modelagem anatômica, ornamentação e reforços adicionais. O acabamento pode variar de um brilho polido a um metal escurecido e funcional. Seu principal ponto forte é a rápida colocação e a sólida defesa frontal, mas sua cobertura parcial deixa braços, ombros e coxas mais expostos — sendo comum o uso combinado com outras peças menores ou escudos leves.
    A couraça peitoral é particularmente associada a figuras de liderança ou destaque em contextos bélicos e civis. Costuma vestir oficiais mercenários, chefes de caravanas, comandantes de guardas urbanas, gladiadores veteranos ou exploradores contratados por potências mercantis ou religiosas. Não é, portanto, uma peça de uso padronizado em exércitos formais, mas sim uma escolha de quem deseja autoridade visual, proteção direta e certa autonomia de movimento.
    Destaque: Oponentes inteligentes te reconhecem como líder ou elite.
  • Armadura de Batalha
    A armadura de batalha é a mais avançada e protetora entre as armaduras disponíveis no campo de guerra. Confeccionada inteiramente em placas de metal moldadas para cobrir cada parte do corpo — do tronco às pernas, dos ombros aos braços — ela representa o ápice do desenvolvimento militar defensivo. As placas são articuladas com precisão, sobrepondo-se com firmeza e fluidez, permitindo mobilidade adequada a um guerreiro treinado. Projetada para resistir aos maiores perigos do campo de batalha, essa armadura oferece proteção excepcional contra cortes, perfurações e impactos contundentes, sendo confiável até contra cargas diretas de lanças ou golpes de machados de duas mãos. Apesar de seu peso, sua ergonomia permite que um combatente habilidoso a utilize com firmeza e destreza. Exige, no entanto, força e um tempo considerável para ser vestida, normalmente com auxílio de escudeiros ou servos armoriais.
    Seu uso é típico de nobres armados, fidalgos cavaleiros, paladinos, campeões de reinos e senhores de guerra, frequentemente associados a ordens militares ou linhagens antigas. A própria presença de um combatente portando uma armadura de batalha é sinal de autoridade, prestígio e investimento. Não é incomum que cada conjunto seja mantido por armeiros dedicados, reforçando seu valor e raridade.
    Ajuda: -2 em Resistência se vestida sem ajuda. 
    Destaque: Oponentes inteligentes te reconhecem como líder ou elite.
    Imponente: +1d6 em Guerra com militares menos experientes (custa 1 PE). 
  • Armadura Gótica
    A armadura gótica representa o ápice da engenharia armorial, uma obra-prima feita sob medida para um guerreiro singular. Cada peça é moldada com precisão para se ajustar ao corpo do usuário, oferecendo não apenas uma proteção quase impenetrável, mas também uma presença imponente e majestosa. Suas placas metálicas são mais finamente articuladas do que em qualquer outro tipo de armadura, permitindo uma mobilidade surpreendente para seu porte robusto. A armadura gótica é também um símbolo de prestígio, linhagem e poder. É comum que esses conjuntos tragam runas, matizes ou glifos arcanos gravados no aço ou embutidos em ouro ou prata, servindo tanto à estética quanto como reforço encantado da armadura. Os ombros, o elmo e o peitoral costumam carregar brasões de famílias antigas, imagens religiosas ou símbolos sagrados que protegem e intimidam.
    Por sua natureza altamente personalizada, essas armaduras são vestidas apenas por campeões consagrados, líderes de ordens sagradas ou príncipes guerreando por seus tronos. Cada armadura gótica é única, inseparável de seu portador. Rígida, bela e quase mítica, a armadura gótica não é algo que se encontra em arsenais ou entre mercadores. Ela é forjada por mestres armeiros a serviço de reis, sob a supervisão de magos, e representa o equilíbrio final entre arte, magia e defesa.
    Ajuda: -2 em Resistência se vestida sem ajuda. 
    Destaque: Oponentes inteligentes te reconhecem como líder ou elite.
    Galante: +2 em Presença; -2 em Furtividade.
    Imponente: +1d6 em Guerra com militares menos experientes (custa 1 PE).
    Individual: forjada precisamente para um indivíduo, se reajustada para outro usuário se torna uma armadura de batalha ornamentada. 
Brigandina (talas internas) - Brigandina (talas externas) - Armadura Lamelar
Armadura Espelhada - Couraça de Talas (nua) - Couraça de Talas (coberta)

Armaduras de Talas
As armaduras de talas são compostas por longas tiras verticais de metal, fixadas sobre uma base de couro ou tecido grosso. Essa construção confere à armadura um aspecto segmentado e rústico, com foco na praticidade de fabricação e na solidez defensiva. Apesar de serem visualmente imponentes, essas armaduras representam uma tecnologia intermediária, anterior às soluções mais refinadas como as armaduras de placas ou até mesmo as sofisticadas cota de escamas ou malhas aneadas empregadas por culturas mais desenvolvidas em metalurgia. No entanto, sua simplicidade não deve ser subestimada: as talas garantem boa proteção contra impactos e cortes, especialmente quando reforçadas com revestimentos têxteis ou aneados. Sua manutenção é relativamente simples, e sua modularidade permite reparos rápidos e adaptações variadas. Por isso, armaduras de talas são comuns em grupos arcaicos e exércitos padronizados que prezam pela disciplina e austeridade, mas ainda assim demandam equipamento confiável em batalha.
  • Armadura Lamelar
    A armadura lamelar é composta por diversas pequenas talas (ou lâminas) sobrepostas, fixadas umas às outras por cordões, rebites ou tiras de couro, formando um manto rígido, porém flexível, que se molda ao corpo. Essas talas, geralmente metálicas, mas por vezes feitas de osso ou madeira endurecida, são montadas de modo a criar camadas protetoras ajustadas, que oferecem cobertura ampla, formando um manto flexível e resistente que protege o tronco, os ombros e, às vezes, as coxas. Entre suas variantes, destaca-se a brigadina, uma versão refinada da lamelar onde as talas são costuradas ou rebitadas no interior (ou exterior) de um colete de couro espesso ou tecido reforçado. Essa construção modular permite boa liberdade de movimento e facilita consertos e adaptações no campo de batalha.
    É uma armadura com forte apelo entre culturas arcaicas ou tradicionais, que valorizam a produção artesanal e transmitem suas técnicas de geração em geração. Também é amplamente utilizada por exércitos padronizados que priorizam o custo-benefício e a facilidade de produção. Tropas disciplinadas, mas sem acesso a tecnologias mais avançadas, vestem lamelares como padrão, em especial onde a uniformidade e o pragmatismo superam o refinamento técnico. Sua leveza relativa, simplicidade e resistência tornam-na também uma opção sólida para tropas de linha de frente, cavaleiros ligeiros ou guerreiros de culturas resilientes, que prezam tanto pela mobilidade quanto pela manutenção acessível. Ela pode ser encontrada nos arsenais de reinos desgastados pela guerra, civilizações do deserto ou montanhosas com menos recursos, e em bandos bárbaros organizados por antigos códigos tribais.
    Errante: -1 de Sobrecarga quando usuário é caótico.
    Tradicional: +2 de Presença contra personagens ordeiros; -2 de Manha contra personagens caóticos; quando usuário é ordeiro.
  • Armadura Espelhada
    A armadura espelhada é uma armadura de corpo formada por talas largas e curvas, reforçada por uma cota flexível de malha, braçadeiras e grevas. Suas talas de metal, cuidadosamente polidas até refletirem como espelhos, são fixadas em segmentos sobrepostos que acompanham as curvas do corpo, criando uma aparência elegante e cintilante. O nome “espelhada” vem justamente desse acabamento brilhante, que não apenas realça sua imponência visual, mas também funciona como um símbolo de prestígio e autoridade.
    Essa armadura é comum entre oficiais de alto posto e cavaleiros de linhagem nobre, sobretudo nas cortes sofisticadas e militarizadas do oriente. Ela é característica de impérios antigos e refinados, onde a tradição e o esplendor caminham lado a lado com a disciplina e a hierarquia. A armadura espelhada não é produzida em massa, mas forjada por mestres artesãos, sendo tão símbolo de status quanto proteção real.
    Exótica: necessita de talento para ser utilizada.
    Galante: +2 em Presença; -2 em Furtividade.
  • Couraça de Talas
    A couraça de talas é uma armadura robusta, composta por placas longitudinais de metal dispostas verticalmente, chamadas de talas, que são fixadas sobre uma base de couro espesso ou tecido acolchoado. Essas talas cobrem o tronco do usuário como uma carapaça, proporcionando boa proteção sem comprometer totalmente a mobilidade. Braços e pernas podem ser protegidos por peças adicionais, também talhadas em segmentos, formando um conjunto completo de combate. Na prática, a couraça de talas oferece proteção confiável contra ataques cortantes e perfurantes, especialmente na região do torso. É mais fácil de produzir do que armaduras compostas por centenas de pequenos elos ou escamas, o que a torna popular entre grupos que precisam equipar suas forças de maneira padronizada e eficaz. Por outro lado, a rigidez de suas talas pode dificultar o movimento em ações que exijam grande agilidade, e seus pontos de união podem se tornar vulneráveis caso não sejam reforçados ou bem conservados. Ainda assim, seu custo-benefício, seu aspecto marcial e sua simbologia a tornam uma armadura preferida por guerreiros zelosos, disciplinados e imbuídos de propósito.
    Esta armadura é comumente utilizada por ordens militares religiosas, por chefes de destacamentos de cavaleiros, e por capitães de infantaria pesada. O uso da couraça de talas indica preparo para a guerra, mas também dever e consagração a uma causa. Ela é uma das armaduras mais emblemáticas de exércitos organizados por conventos, priorados e irmandades religiosas.
    Confessora: -1 de Sobrecarga quando usuário é clérigo; +1 de Sobrecarga quando usuário não é clérigo.
    Intimidadora: habilidade Causar Medo quando usuário é clérigo (custa 1 PE).


Armadura 
Resistência 
Sobrecarga 
Limite 
Tipo 
Custo 
Propriedades 
Armaduras de Fibra
Tecido Sobreposto 
+1 
+1 
+1 
2 MO 
Pulgas 
Corselete de Couro 
+2 
0
+1 
45 MO 
Desgaste, Oculta 
Gibão de Peles 
+3 
+1 
+2 
15 MO 
Pulgas, Térmica 
Armaduras de Bandas
Lorica Segmentada 
+5 
+3 
+3 
300 MO 
Desgaste, Exótica 
Couraça de Bandas 
+7 
+4 
+4 
750 MO 
Destaque, Imponente 
Armaduras de Escamas
Brunea 
+4 
+2 
+3 
75 MO 
Errante 
Catafracta 
+6 
+4 
+4 
500 MO 
Errante, Exaustiva, Intimidadora 
Armaduras de Malha
Cota de Malha 
+4 
+2 
+3 
100 MO 
Tradicional 
Malha Completa 
+6 
+4 
+4 
300 MO 
Tradicional 
Armaduras de Placas
Peitoral de Aço 
+5 
+3 
+3 
150 MO 
Destaque 
Armadura de Batalha 
+8 
+4 
+4 
3000 MO 
Ajuda, Destaque, Imponente 
Armadura Gótica 
+10 
+3 
+3 
7000 MO 
Ajuda, Destaque, Galante, Imponente, Individual 
Armaduras de Talas
Armadura Lamelar 
+3 
+2 
+3 
35 MO 
Errante, Tradicional 
Armadura Espelhada 
+6 
+3 
+3 
1000 MO 
Exótica, Galante 
Couraça de Talas 
+7 
+4 
+4 
1500 MO 
Confessora, Intimidadora 


Adendo: Dicionário de Termos
  • Resistência
    Toda armadura possui um bônus de resistência adicionado a Fortitude. O bônus de resistência indica a capacidade de dano que a armadura é capaz de absorver.  Se a armadura possui 4 de resistência, ela reduz o dano sofrido em 4 pontos.
  • Sobrecarga
    Sobrecarga representa o quanto a armadura compromete a mobilidade e a agilidade do personagem. Todo herói pode suportar uma Sobrecarga equivalente ao dobro do seu valor de Corpo. A penalidade de Sobrecarga é subtraída dos testes de competência em AcrobaciaAtletismoFurtividade e Perícia. Além disso, metade do valor de Sobrecarga (arredondado para baixo) é subtraída da Esquiva e do Deslocamento.
  • Limite
    Limite é o valor mínimo de Corpo necessário para utilizar a armadura com eficácia. Caso o personagem não atinja esse valor, ele recebe –2 em Fibra contra cansaço. Se o valor de Corpo do personagem for inferior à metade do Limite (arredondada para cima), ele é incapaz de vestir ou operar a armadura.
  • Tipo
    As armaduras são divididas em três categorias com base em sua massa e estrutura: (L) leve - entre 2 à 7 kg; (M) média - entre 8 à 18 kg; (P) pesada - entre 19 à 30 kg.
  • Custo
    Valor estimado da armadura, em moedas de ouro.
  • Propriedades
    Armaduras possuem propriedades especiais, que lhes conferem efeitos únicos e uma identidade própria, diferenciando-as funcionalmente no campo de batalha e na campanha.

Adendo: Mobilidade
Vídeo abaixo exemplifica mobilidade e peso de uma armadura.

Um comentário:

  1. Mais um nobre e grandioso trabalho!
    Gostei partircurlamente, além da valorosa descrição dos equipamento, da inclusão de propriedades/atributos especiais da armadura, pondo em termos mecânicos como estas influenciam no cenário. Não obstante observei que esta montando uma mecânica atrelaçada a carga (armas, armadura e afins) transportada pelo personagem, influindo não apenas nas competências como na esquiva. Isso Fara o player pensar bem em como se comportar na montagem do personagem. Ao meu ver, essas inclusões equilibram a gameplay e faz jus ao realismo.

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