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quarta-feira, 23 de março de 2022

Nota de Repúdio as Comunidades Tolkienianas

 
CONTEMPLEM!!!
A NOTA DE REPÚDIO AS COMUNIDADES TOLKIENIANAS!!!
Contra Nota de Repúdio

Essa postagem é uma resposta (apesar de atrasada) ao posicionamento infantil de várias comunidades tolkienianas brasileiras. Este é um blog que não se isenta e que age guiado por suas próprias convicções. A nova série da Amazon, Rings of Power, está sofrendo uma série de críticas, entre elas, a cor da pele dos personagens. Essa sem dúvida é a crítica mais polêmica e mais uma vez (como foi feito em Star Wars) fãs contrários a isso, de forma geral, estão sendo rotulados de racistas e execrados. É lamentável que várias comunidades tolkienianas brasileiras tenham aceitado e corroborado essa atitude. 

Em fevereiro, as comunidades tolkienianas brasileiras lançaram em conjunto a seguinte nota de repúdio:

Registramos o nosso repúdio aos posicionamentos preconceituosos, sobretudo em relação à cor de pele de alguns atores do elenco da série O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, do Prime Vídeo.

Muitos desses comentários, publicados em diversas redes sociais, não constituem simples liberdade de expressão ou posicionamento crítico. Em vez disso, são discursos meramente passionais, carregados de visões subjetivas e preconceituosas, destinadas aos atores e às atrizes. As características físicas, étnicas, sociais e de gênero não prejudicam a fidedignidade de uma adaptação.

As obras de Tolkien transmitem mensagens de amizade, companheirismo, fidelidade, amor ao próximo, compaixão, inclusive a união entre povos diversos em prol de um bem comum. Lamentamos falta de sensibilidade necessária para compreender e respeitar tais valores e mensagens tão bem transmitidos pelo Professor.

Nós, enquanto Leitores, Colecionadores, Produtores de conteúdo, Membros de Tocas, Artistas, Escritores, Tradutores e admiradores do trabalho de J.R.R. Tolkien repudiamos quaisquer ideologias que, de maneira racista e preconceituosa, retratam negativamente grupos sociais, sejam eles quais forem.

Essa nota é injusta com os críticos, é falsa em vários pontos, vai contra o espírito da obra e se mostra aliada com os detratores de Tolkien. Ela merece uma crítica e uma resposta adequada. Segue a análise dos principais parágrafos da nota.

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Registramos o nosso repúdio aos posicionamentos preconceituosos, sobretudo em relação à cor de pele de alguns atores do elenco da série O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, do Prime Vídeo.

1. Racismo é inaceitável 
Em primeiro lugar, racismo é algo abjeto, comentários racistas devem ser banidos e as pessoas que o fazem devem ser punidas. Não existe atenuante para isso.

2. Acusação falsa de racismo é inaceitável
Infelizmente, a cultura nerd está infestada com guerreiros sociais, lacradores e panfletários, que não gostam de fato das obras, são contra discussões e desejam em primeiro lugar propagar suas agendas. Essas pessoas são rápidas de acusar os outros de racistas, tóxicos, elitistas. Ninguém é racista por fazer críticas e não é possível declarar alguém como racista velado, pois não é possível ler corações. Esses rotuladores aumentam o espectro do problema misturando sensatos com grosseiros. Pior, eles fazem um desserviço pra comunidade tentando expulsar qualquer um que vá contra suas agendas. Canceladores devem ser desmascarados e evitados.

3. Polêmica internacional, resposta brasileira
Os ataques aos atores negros da nova série foi um movimento principalmente internacional. A maior parte dos comentários dos fãs de Tolkien brasileiros que discordavam do elenco se expressaram de forma não ofensiva. 

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Muitos desses comentários, publicados em diversas redes sociais, não constituem simples liberdade de expressão ou posicionamento crítico. Em vez disso, são discursos meramente passionais, carregados de visões subjetivas e preconceituosas, destinadas aos atores e às atrizes. As características físicas, étnicas, sociais e de gênero não prejudicam a fidedignidade de uma adaptação.
 
4. Vandalismo a obra de Tolkien possui reação esperada e alimenta o racismo
Independente das controvérsias sobre o lore de Tolkien, existe um imaginário comum sobre sua obra criado durante dezenas de anos. A fuga desse imaginário pode ser vista como um erro, desrespeito ou uma violência. As várias vandalizações panfletárias em outros trabalhos, faz com que seja mais correto interpretar essas mudanças como violência. É claro que tais atos estão sujeitos a críticas. 

É estupidez acreditar que a alteração de uma obra tão consagrada como a de Tolkien é capaz de passar sem reação. Muitas pessoas se sentirão insatisfeitas e usarão seus recursos para expressar sua indignação. Por vezes, essas pessoas carecem de recursos morais e intelectuais e sua única arma passa a ser o fel de seu fígado.  

Assim, o sequestro da obra pra fins panfletários acaba por alimentar o próprio racismo na sociedade. É falta de sabedoria não entender a extensão de seus atos e não se responsabilizar por eles.

5. Posicionamento injusto e infantil
As comunidades brasileiras fizeram certo ao condenar atos de racismo. No entanto, ao deixar a neutralidade, ao se posicionar em favor da série, inclusive contra a maioria dos fãs e sem explicar todo o contexto envolvido como foi feito nos pontos anteriores, elas estão implicando que os fãs brasileiros divergentes são preconceituosos ou mesmo movidos ideologicamente (como explicitado no último parágrafo da nota). 

6. Dependendo das características, fidedignidade de uma adaptação é prejudicada SIM
É de se espantar com a última frase do parágrafo em destaque: 'As características físicas, étnicas, sociais e de gênero não prejudicam a fidedignidade de uma adaptação.' É óbvio que essa afirmação está incorreta, ela não é apenas boba, como é um atestado de incompetência para as comunidades tolkienianas. Como comunidades que poderiam ser consideradas sérias aprovam essa declaração?  

A fidedignidade das características do personagem contribui para 2 pontos importantes: (1) suspensão de descrença, (2) estética da obra. Quem se propõem a apreciar um trabalho artístico não pode ignorar esses pontos básicos.  

Mas a afirmação da nota de repúdio é falsa ainda de forma mais sutil. Ela desvia a atenção do problema ser uma modificação na essência da obra. Na ópera e no teatro, onde os recursos são mais escassos e a imaginação mais necessária é tolerável as discrepâncias com o original. Otelo poderia ser interpretado por um branco. No entanto, todo o público saberia que o personagem é negro. Além do mais, essa peça poderia ser criticada, visto que tal caracterização quebra a suspenção de descrença prejudica a estética e bastaria o ator de Otelo utilizar maquiagem para exercer melhor seu papel. Mas, seria pior, inadmissível, Otelo ser considerado branco e não mouro dentro do próprio cenário, isso não é uma questão de cor de pele é um próprio ataque ao trabalho de Shakespeare. O elfo negro não vai fingir ser branco (mesmo se fosse valeria críticas pela má utilização de recursos), sua cor será considerada normal no cenário e muitos consideram isso ofensivo a essência da obra e possuem o direito de criticar. 

É importante ressaltar que adaptações não dão o direito de modificar a essência da obra. Existem adaptações que modificam uma obra pra se adequar a uma mídia. Exemplo: A remoção de Tom Bombadil da trilogia cinematográfica do Senhor dos Anéis. Existem adaptações que fazem uso de licença poética para adicionar ou modificar algo. Exemplo, o romance anão-elfo na trilogia cinematográfica do Hobbit. Ambas os tipos de adaptações estão sujeitos a crítica e quanto mais consagrada for a obra adaptada, mais temerário é uma alteração. Pior, é o segundo tipo de adaptação, que por vezes, são feitas por pura arrogância e quando modificam a essência da obra se tornam verdadeiras aberrações, como o romance supracitado.

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As obras de Tolkien transmitem mensagens de amizade, companheirismo, fidelidade, amor ao próximo, compaixão, inclusive a união entre povos diversos em prol de um bem comum. Lamentamos falta de sensibilidade necessária para compreender e respeitar tais valores e mensagens tão bem transmitidos pelo Professor.

7. Palavras bonitas, mas despreparadas
O trabalho de Tolkien de fato é valoroso. No entanto, as palavras das comunidades são incongruentes com o pensamento das especialistas responsáveis pela adaptação que eles estão defendendo. Segundo essas especialistas, apesar de toda a mensagem de companheirismo de Tolkien, sua obra reproduz um 'racismo velado', a medida que a face do mal na terra-média é não branco, endorsando assim, uma visão de mundo nociva. Toda essa argumentação pode ser vista nesse Link. O argumento está errado e nos comentários desse artigo, um verdadeiro especialista os refuta. O fato da nota de repúdio está alheia ao perfil dos produtores da série demonstra o quão despreparadas estão as comunidades para emitir suas opiniões.
 
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Nós, enquanto Leitores, Colecionadores, Produtores de conteúdo, Membros de Tocas, Artistas, Escritores, Tradutores e admiradores do trabalho de J.R.R. Tolkien repudiamos quaisquer ideologias que, de maneira racista e preconceituosa, retratam negativamente grupos sociais, sejam eles quais forem.

8. Cegueira
Aparentemente os leitores, colecionadores, produtores de conteúdo, etc, dessas comunidades são também cegos, incapazes de analisar o que está ocorrendo. Não existe ideologia racista por trás das críticas a Rings of Power, apenas fãs insatisfeitos. Fãs de todas as cores, etnias e grupos sociais. 

Existe sim uma ideologia por traz do sequestro da obra de Tolkien. Uma ideologia que está vandalizando o trabalho do professor com panfletagem progressista explícita que vai contra o espírito dos livros e contra a estética do próprio autor que sempre se preocupou de não deixar transparecer seus pensamentos políticos, senão dentro da própria história como solução dos conflitos.

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Nota de Repúdio

Deixo registrada minha preocupação com os rumos da série Rings of Power da Amazon. A descaracterização de personagens por motivos pessoais ou comerciais é censurável. É duplamente censurável por motivos ideológicos. É triplamente censurável numa obra consagrada como a de Tolkien. É infinitamente censurável a medida que vai contra a estética do próprio autor que sempre se preocupou de não deixar transparecer seus pensamentos políticos, senão dentro da própria história como solução dos conflitos. Caso meus medos sejam concretizados urjo a um boicote do programa.

Deixo meu repúdio contra toda e qualquer tentativa de atualizar e modificar a essência da obra de Tolkien. É necessário sabedoria para diferenciar criação de revisão no contexto de uma adaptação. A criação é a construção de algo novo com base dos parâmetros e valores já estabelecidos pela obra original. A revisão consiste na atualização do próprio núcleo da obra.

Repudio também todo e qualquer ataque verdadeiramente racista sofrido pelos atores e deixo minha solidariedade a eles. Assim como repudio os 'canceladores', de qualquer lado da polêmica que incapazes de argumentar se satisfazem em rotular e excluir pessoas.

Meu último repúdio vai para as comunidades tolkienianas signatárias da nota supracitada pelo: (1) infantilismo no modo de se posicionar, implicando que o fã crítico é racista ou guiado por ideologia e incentivando reações animosas por parte desses fãs, (2) pela incompetência ao afirmar que características físicas não prejudicam a fidedignidade de uma obra, (3) pela malícia ao sugerir que as críticas se deram não por alteração da essência da obra, mas sim, por intolerância racial, (4) pelo despreparo por si posicionarem a favor de detratores da obra original, (5) pela covardia de não defenderem a obra original. Quiçá, (6) pela malícia novamente, por escolherem a panfletagem ao invés da obra original e (7) pela ganância por esperarem alguma retribuição material.

Por fim, deixo as palavras do próprio Tolkien e do seu filho Christopher.

“O mal não pode criar nada novo, ele apenas pode corromper e arruinar o que as forças do bem inventaram ou criaram.” – J.R.R.Tolkien.
“Tolkien se tornou um monstro, devorado por sua própria popularidade e absorvido pelo absurdo do nosso tempo. O abismo entre a beleza e a seriedade do trabalho e o que se tornou é demais para mim. A comercialização reduziu a nada o impacto estético e filosófico da criação. Para mim existe apenas uma solução: me afastar.” – Christopher Tolkien.

10 comentários:

  1. Concordo totalmente com você, em todos os pontos levantados, e dou meu completo apoio à sua nota de repúdio.

    A Amazon está usando de uma estretégia de divulgação e blindagem contra críticas que é absolutamente desprezível (coloquemos pessoas de cores de pele diversas e quem ousar reclamar de nosso trabalho será automaticamente chamado de racista). As comunidades brasileiras de Tolkien, que já foram muito sérias, hoje, na maioria, não passam de massa de manobra de redes sociais, comprando e vendendo tudo aquilo que a mídia aponta como moderno, progressista e "correto".

    Eu não tenho redes sociais, mas me lembro de minha esposa comentando que um auto proclamado "especialista de Tolkien" (é incrível como a Amazon encontrou tantos especialistas de Tolkien que defendem cegamente a vandalização da obra do autor, mas enfim...) da Tolkien Brasil dizendo que quem discordasse que Galadriel era uma guerreira deveria reler o Silmarilion. Quem leu o Silmarilion, Contos Inacabados e outros livros de "lore" da Terra-Média sabe que Galadriel era uma conjuradora extremamente poderosa, mas que nunca foi descrita como alguém que sequer segurou em uma espada. Este tipo de episódio mostra como muitas pessoas estão falando/escrevendo coisas que claramente não sabem para defender essa monstruosidade em troca de um pouco de atenção e promoção da própria imagem.

    Tolkien não era racista, e como os (verdadeiros) especialistas da obra do autor sabem melhor do que eu, ele inclusive escreveu cartas de repúdio ao partido nazista na época da segunda guerra, recusando o elogio que lhe fizeram por considerar que sua obra fazia indiretamente alusão à ideologia da pureza ariana, e ainda defendendo fortemente o judaísmo. Outro ponto que "especialistas" podem notar também é que toda a estrutura religiosa de Númenor foi feita com base no judaísmo. Mas para os "especialistas de Tolkien achados pela Amazon", nada disso importa. Como é muito comum em nossa época, fatos concretos são deixados de lado para que se possa fazer alarde baseado em suposições infundadas que são convenientes para a agenda do momento.

    Por fim, não é por acaso que tudo isso esteja acontecendo e tantos "especialistas" estejam aparecendo após a morte de Christopher Tolkien.

    “O mal não pode criar nada novo, ele apenas pode corromper e arruinar o que as forças do bem inventaram ou criaram.”

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    1. Fico feliz com o apoio Odin.

      Como deve saber, esta estratégia de antagonizar os fãs não é nova. Ela foi empregada pela Disney do mesmo jeito. Não existe sentido mercadológico nisso, a não ser a tentativa de substituir a base de fãs para poder mutilar a obra como quiser.

      Quanto a Christopher, de fato, ele era o guardião do legado do pai, agora que ele se foi, qualquer um pode se dizer especialista. Essas pessoas são apenas abutres. Se são especialistas em algo é em minar o trabalho do professor para futuras gerações. Infelizmente, tenho convicção que o meio acadêmico está podre, principalmente a área de humanas. Qualquer trabalho gera um pretenso status e a publicação desses trabalhos por vezes passa por filtro ideológico. É muito fácil uma pessoa falsa e detratora se colocar como especialista.

      De todas as modificações, Galadriel é a que mais me assusta. O fato de Tolkien ter mencionado em uma carta que ela possuía estrutura atlética e disposição de uma "Amazona" foi o suficiente pra extrapolarem todos os parâmetros. A palavra disposição, a história da personagem, assim como a lógica do cenário simplesmente são ignoradas na conclusão dos responsáveis pela série. É como você disse, fatos concretos deixados de lado pela agenda do momento.

      Por fim, Tolkien e seu trabalho ser considerado racista é um absurdo completo. Mas não vamos ver as comunidades emitindo notas de repúdio quanto a essa declaração.

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    2. Sim, concordo. A questão da Galadriel, em minha opinião, é que eles fariam essa abominação de qualquer modo.Há de fato uma das muitas cartas de Tolkien na qual descreve brevemente a personagem em termos físicos, mencionando a estrutura atlética dela. Contudo, Tolkien descrevia TODOS os elfos dessa forma (eles eram a epítome física e mental de sua criação). Há cartas também na qual ele menciona a existência, por exemplo, de Valar da guerra que apoiavam Melkor e que se pareciam com divindades hinduístas, cartas nas quais considerava uma oriegem alternativa para os orcs e outras na qual conversava consigo mesmo sobre o fato dos elfos deverem ou não ter orelhas levemente pontudas. São rascunhos de pensamentos e ideias que autores/escritores utilizam. Muito disso sequer chegou aos livros. Meu ponto é que a Amazon faria essa descaracterização brutal da personagem de qualquer forma, e apenas usaram essa descrição breve para tentar (sem sucesso) parecer menos ridículos e agressivos em sua ideia.

      Eu faço parte do meio acadêmico e confirmo que sim, o mesmo está completamente podre. E isso, em grande parte, é o que começou essa onda de ideologias baratas e corrupção, muito semelhante ao que tivemos no pré primeira e segunda guerra mundial. Realmente lamentável.

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    3. Seu ponto é excelente Odin e aumentou meu entendimento sobre o caso. Eu estava pensando que o processo de criação tinha sido pautado na busca de elementos que pudessem ser corrompidos pra expressar a agenda. Agora vejo a forte possibilidade do crime ter sido premeditado. O processo de criação foi independente, senão pautado na tentativa de minar a obra. Depois apenas tentaram inventar justificativas.

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  2. Gronark, O Senhor do Sofrimento23 de março de 2022 às 15:25

    Vocês não podem escapar da mão do CHAOS! Minhas legiões sem personalidade própria já corroeram os pilares restantes da fantasia tradicional! A morte de Christopher Tolkien acabou com qualquer resistência que ainda restava, mas agora a obra de Tolkien já está nas mãos dos poderes ruinosos, que transformarão a obra em uma verdadeira abominação! HAHAHAHAHAHAHA

    Meus cultistas já se infiltraram na Tolkien Society, corrompendo seus membros com promessas de riquezas, luxurias e poder! Caíram facilmente ante o poder do CHAOS! Agora posso usar ela para espalhar imundície e depravação para outros grupos de fãs para replicarem a mensagem e cancelarem qualquer um que discordar de nós! HAHAHAHAHAHAHAHA

    Fiz certo em corromper as noções básicas de "bem e mal". Agora posso mascarar minha corrupção de "bondade e progressismo" enquanto me blindo de ataques dos débeis fãs que ainda restaram, mas que caíram ante a corrupção". Qualquer um que criticar minha Galadriel, Cavaleira Jedi Empoderada ou os elfos multi-étnicos, ou qualquer atrocidade que botarem no show, serão brutalmente rotulados com piores títulos e ofensas já feitas nas línguas mortais! E isso tudo será feito levianamente! HAHAHAHAHAHAHAHA

    Para completar com chave de ouro! Parece que agora meus servos da Amazon conseguiram os direitos sobre o "Hobbit", logo teremos os direitos do "Senhor dos Anéis"! Então faremos um remake totalmente progressista e depravado que irá acabar com o legado de Tolkien para SEMPRE! HAHAHAHAHAHA

    TUDO QUE JÁ FOI BOM, ESPERANÇOSO, JUSTO E HONESTO SERÁ SACRIFICADO NO ALTAR DO PROGRESSO EM NOME DOS PODERES DO CHAOS! HAHAHAHAHAHAHA

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    1. Gronark, seu miserável! Você não tem poderes nos meus Sonhos! Eu te esconjuro!

      Você pode ter envenenado a alma da Tolkien Society, sei muito bem, dado o tema do seminário do ano passado, assim como os artigos escolhidos... "it is Frodo and Sam’s intimate queer relationship that literally saves the world.". Mas enquanto eu existir, defenderei a honra do professor e tenho certeza que outros se erguerão comigo!

      Hahaha, você pode rir agora e comemorar sua Galadriel empoderada e a força de seus zumbis... Mas volto a repetir, sua horda se autodestruirá. O que carece de bem está fadado ao fracasso!

      Duplamente miserável Gronark!!! Essa notícia da nova aquisição da Amazon me pegou de surpresa. Terei que trabalhar com mais ardor no combate a seus servos depravados. Felizmente, diferente de Rings of Power que eu de fato tinha expectativa a ponto de assinar o Prime Videos em janeiro, minha mente e coração agora estão blindados de suas depravações.

      Você pode rir agora, mas pela Chama Imperecível, o bem vai triunfar!

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    2. Está até aqui? Não há mais lugar livre de sua maldita corrupção, Gronark!?

      Para o abismo com sua Galadriel empodeirada, suas "especialistas em Tolkien" e seus cultistas progressistas! Por mais que eu seja obrigado a reconhecer que sua mácula está impregnada em toda a mídia ocidental, a questão dos direitos sobre O Hobbit ainda não está definida. De acordo com os advogados da Warner, a empresa tem mantido (porcamente) lançamentos periódicos de obras no universo de Tolkien como estabelecido em contrato, de modo que, ao menos por enquanto, os direitos continuam pertencendo a ela. Outro ponto é que a Universal já demonstrou interesse em adquirir os direitos sobre o uso da obra tanto na primeira quanto terceira era (a segunda, infelizmente, ainda pertence a seus lacaios). Essa discussão ainda está longe de acabar, e assim que Rings of Power fracassar mesmo com o orçamento, lobby e subversão ideológica que a respaldam, outros estúdios pensarão melhor antes de deturpar o trabalho de Tolkien.

      Como lhe disse antes, você está de fato colecionando vitórias nos últimos anos, mas a guerra ainda não acabou.

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    3. Que ótima notícia grande Odin, ainda existe esperança!
      Se lamente Gronark, pois seus cultistas depravados ainda terão esforço a fazer!

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  3. Concordo com tudo, achei interessante os seus pontos levantados, confesso que não sou grande conhecedor da obra de Tolkien, minha principal referência a esse universo da Terra-Média são os filmes do Peter Jackson, mas compreendo o seu valor e suas contribuições para todo esse gênero de fantasia, e também me solidarizo com a insatisfação manifestada pelos fãs com as recentes descaracterizações.

    Se você analisar os argumentos(isso se você consegue considerá-los como argumentos) para rebater as críticas a essas mudanças, vai observar que elas nunca são direcionadas contra os fatos por você levantados, e sim a pessoa que faz a crítica ou contra a própria obra de forma a desmerece-la, o primeiro caso você mesmo elucida no seu post, eles se blindam das críticas as taxando de forma generalizada como racistas, misóginas, ou em alguns casos de forma claramente falaciosa querendo lhe imputar a figura do nerd extremista incel; e quando não é isso, geralmente tentam desmerecer a obra, utilizados citações como “marmanjo com mais de 20 anos se importando com historinha de faz de conta”, algo muito comum vindo de pessoas ignorantes que muitas vezes veem nesses coisas apenas uma forma de entretenimento barato, o que eu entendo e relevo, a questão é quando esse argumento é trazido por essa galera que faz necessário a mudança, pois me soa hipócrita da parte deles, afinal se é só uma historinha boba com elfos, espadas lazers ou super heróis, por que as querem problematizar tanto?

    Além do mais essa figura do fã fanático pra mim não faz sentido, pois o que define isso? Seria essa figura consumista do sujeito que consome tudo de determinada marca sem opinião alguma? Pra mim isso não é um fã de verdade, um cara que realmente gosta de algo, admira aquilo por sua essência, entende o espirito da obra e consegue notar quando ela está sendo deturpada............ e se tratando de características físicas de personagens, ele compreende a importância de se respeitar o cânone, ainda mais se tratando de características físicas referentes a uma raça fictícia....

    No fim não vejo razão em perder o seu tempo com esse tipo de coisa, é algo que está além do nosso alcance, a única solução é o completo boicote de tudo que é novo, simplesmente não consumir, preservando a essência da obra, mas apenas em você mesmo....

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    1. Fico feliz de ver você por aqui de novo Cachorrão e agradeço pela solidariedade. Sei que sua especialidade é outra, por isso reforço, Tolkien e Robert E. Howard (criador de Conan) são os pais da fantasia moderna. O trabalhos deles são inestimáveis.

      Você leu perfeitamente a situação e o modos operandi desse pessoal. Se blindam, rotulam os críticos e no fim se autocontradizem. Sua reflexão sobre o "fã fanático" foi muito boa, isso não havia passado pela minha cabeça. Concordo contigo, um consumista cega jamais pode ser considerado um fã.

      Compreendo seu pessimismo... de fato, minha voz é pequena e jamais será relevante no mainstream, além disso, fazer essa crítica demorou um baita tempo. Concordo contigo em relação ao boicote e já faço isso em relação aos produtos da Disney. No entanto, acredito que a situação só pode ser moralizada através da crítica, além do mais, eu tenho responsabilidade de guiar os meus meninos masmorras das mesas de RPG, esses pelo menos eu posso influenciar e assim tornar meu ambiente mais agradável.

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